Daniel Botelho passou 25 horas com animais em ilha do Pacífico
“O mais importante é conhecer o comportamento do animal, observar como está o humor dos tubarões”, afirma Botelho, em entrevista ao G1. Além desta premissa básica, o fotógrafo alerta para outros procedimentos, como jogar pouca isca antes do mergulho para não agitar o animal e atiçar sua agressividade por comida.
A experiência também trouxe outros conhecimentos importantes, como a preferência dos tubarões por certos tipos de peixes usados como isca. “Ao jogar sardinha e pescada, os animais se mantêm calmos. Ao alimentá-los com atum, os tubarões ficam mais agitados.”
O contato visual é de extrema importância durante os mergulhos com estes “animais curiosos”, como Botelho classifica as quatro temidas espécies de tubarões: tigre, branco, cabeça chata e galha-branca-oceânico. A dica do mergulhador é nunca dar as costas para o animal. “O que eu vejo não é perigoso, o perigo está no que eu não vejo”.
É dessa maneira e com apoio de outros mergulhadores que Daniel consegue acompanhar o comportamento dos tubarões. Caso sinta algum perigo, ele pode se afastar ou então recorrer à gaiola de apoio.
A sua busca por grandes animais o colocou em algumas situações de risco. Em uma delas, ao se aproximar de um filhote de baleia franca de quase 30 toneladas, quase foi prensado contra a sua mãe, uma baleia que pesava até 80 toneladas.
O próximo encontro de Daniel Botelho com os temidos animais vai ser no Havaí, onde vai mergulhar e fotografar tubarões tigres.
Fonte: gazetaweb.globo.com